Vale do Minho: candidato União Empresarial teme atritos
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Vale do Minho: candidato União Empresarial teme atritos
Vale do Minho: candidato União Empresarial teme "fortes atritos" em assembleia-geral eleitoral
Valença do Minho, 30 Mar (Lusa) - O candidato à presidência da União Empresarial do Vale do Minho Carlos Natal disse hoje à Lusa que a assembleia-geral eleitoral de segunda-feira pode descambar em fortes atritos entre comerciantes, "devido às manobras e pressões da actual direcção".
O comerciante acusa a lista do actual presidente, Joaquim Covas de "estar a pedir procurações a associados, invocando motivos que se prendem com problemas de estacionamento, quando, o documento se destina a ser usado como voto".
"Houve já um comerciante que exigiu que lhe fosse devolvida a procuração por esse motivo", salientou, frisando que, "apesar de algumas pressões e situações anómalas", a sua lista tudo fará para que o acto eleitoral decorra normalmente.
Contactado pela Lusa, Joaquim Covas, que se recandidata ao cargo, diz que as afirmações de Carlos Natal só "mostram desespero" e avisa de que avançará para tribunal "se voltar a ser caluniado".
"Pedimos procurações como a lei prevê, em caso de associados impedidos de irem à assembleia", sublinhou, dizendo que a lista de Carlos Natal está a fazer o mesmo com outros associados.
A União Empresarial, que agrega os concelhos de Valença, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Monção, Melgaço e Paredes de Coura, é gerida há 15 anos por Joaquim Covas, que é, também, vereador na Câmara Municipal de Valença, eleito como independente numa lista do PS. Tem actualmente cerca de 500 membros.
Carlos Natal diz que os comerciantes da zona, em especial os de Valença, "estão a ser prejudicados devido ao conflito de interesses resultante do facto de o Presidente da União ser vereador do Município, apontando, como exemplo, disputas recentes por causa de restrições ao estacionamento".
"O Presidente da União defende os interesses da Câmara e não os dos comerciantes, quando estes não são conciliáveis", lamenta, considerando que toda a actuação do organismo empresarial tende a ser "uma extensão do PS" no Vale do Minho.
Lamenta, nomeadamente, que a zona de Caminha tenha sido abandonada pela União, lembrando que o Município é o único da zona que é do PSD.
As críticas de Natal são refutadas por Joaquim Covas: "Fui eu, com um grupo de comerciantes, quem, há 15 anos, tirou a União da inactividade e a tornou um actor importante a nível, regional, nacional e mesmo internacional, já que tem vários projectos em comum com congéneres da Galiza", contrapõe.
Assegura que tem tido algumas disputas com o Presidente da Câmara por causa dos comerciantes, argumentando que a sua presença no município, tem sido benéfica para o sector.
Sobre a ligação da União Empresarial aos socialistas, Joaquim Covas diz que tal não corresponde à verdade: "Sou contra a mistura entre associativismo e política, e, na minha lista há pessoas de todos os partidos", assegura.
Adianta que a actuação da União tem como linha de orientação a sua inserção na Comunidade Urbana Intermunicipal do Vale do Minho, com cinco concelhos, de forma a poder captar fundos comunitários para projectos de interesse regional.
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=336358&visual=26
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