Cisão na União Empresarial dita nova associação

Cisão na União Empresarial dita nova associação

Um grupo de comerciantes e empresários de Valença conta ter formalizada, até Setembro, uma segunda estrutura associativada classe no concelho, para responder "aos reais problemas do sector". União Empresarial deseja-lhe sorte.

Afirmando-se "descontente" com a gestão da União Empresarial do Vale do Minho (UEVM), um grupo de empresários de Valença pretende formar uma nova estrutura do sector, associação essa que "responda aos reais problemas da classe no concelho, que são muitos".

Há década e meia à frente dos destinos da UEVM, Joaquim Covas assinalou que "os associados são livres para proceder da forma que bem entenderem", aproveitando, mesmo, a ocasião para "desejar sorte" à futura estrutura. "E pode crer que vão precisar", acrescentou.

Na origem da cisão verificada no seio dos empresários fronteiriços estão os actos eleitorais aos corpos gerentes da União Empresarial, eleições a que, pela primeira vez, se candidataram duas listas, lideradas por Joaquim Covas e Carlos Natal . A 31 de Março passado, o acto eleitoral veio a ser declarado nulo, uma vez que foi contabilizado um voto a mais que o total do número de votantes. Repetido no passado mês, o escrutínio viria a contar apenas uma lista, uma vez que a equipa de Carlos Natal retirou a candidatura na abertura do acto eleitoral.

Para o então candidato à liderança da UEVM, "não estavam reunidas as condições de igualdade para a realização do sufrágio". E especifica: "Solicitámos, por mais de uma vez, a listagem de sócios efectivos mas esse documento nunca nos foi atribuído. Por isso, entendemos que não havia razões para ir a votos, nem para continuar no seio da associação". Segundo Carlos Natal, em apreciação estão os estatutos da futura estrutura, cuja designação optou por não adiantar, associação que "terá pela frente a tarefa de ouvir os empresários do concelho que ainda ninguém ouviu".

Confrontado com a acusação de não atribuição das listas de sócios por parte da UEVM, Joaquim Covas rejeitou-a, acentuando que o posicionamento do grupo de associados "traduz, apenas, uma sede de poder e protagonismo". A propósito, acrescentou: "Só lhes resta isso, criar uma nova estrutura. Mas digo já que não é fácil assegurar o funcionamento de uma associação deste tipo. Desejo-lhes sorte. É o que tenho a dizer".

In Jornal Notícias online