Cristelo Covo exige viaduto para passagem de nível

Segadães exige viaduto para passagem de nível


A passagem de nível da freguesia de Cristelo Covo, em Valença do Minho, onde "pelo menos" foram já colhidas 12 pessoas, continua sem uma passagem inferior. O facto de ser uma linha de caminho-de-ferro sem sinalização sonoroa ou luminosa agrava, ainda, a situação.

Por este motivo, o presidente da Junta de Freguesia de Cristelo Covo, Augusto Natal, reclamou, ontem, a construção urgente de uma passagem inferior à linha de comboio, sedeada em Segadães, centro da freguesia. A construção de um viaduto, projecto elaborado pela Câmara Municipal de Valença e aprovado há três anos, não é colocado em prática, o que revolta o autarca de Cristelo Covo.

Os terrenos destinados à construção do viaduto, adquiridos pela Junta de Freguesia há quatro anos, foram oferecidos à Rede Ferroviária Nacional (REFER). No entanto, os 40 mil euros investidos pela Junta parecem não ser incentivo suficiente para a construção da passagem, e a obra nunca chegou a arrancar.

No passado dia 11, uma viatura foi colhida pelo comboio, tendo condutor do automóvel, um imigrante de 69 anos, sofrido traumatismo craniano. Neste momento, encontra-se em estado de coma no Hospital de S. Marcos, em Braga.

Segundo o autarca, a REFER, para justificar o adiamento da construção do viaduto, tem alegado dificuldades financeiras. Há muito que a linha de caminhos-de-ferro de Segadães tem uma passagem inferior, a cerca de 700 metros. No entanto, Augusto Natal assume que aquela passagem não serve para o trânsito pesado, sendo indispensável a construção de um novo troço.