Ruíram 15 metros da muralha da fortaleza de Valença

Autarquia vai abrir inquérito
Ruíram 15 metros da muralha da fortaleza de Valença


A fortaleza de Valença está classificada
como monumento nacional

Um troço de 15 metros de comprimento e seis de altura da muralha interior da fortaleza de Valença, que está classificada como monumento nacional, ruiu hoje. A autarquia local já informou que vai abrir um inquérito ao sucedido.

Segundo João Reis, dono de um restaurante local, a muralha ruiu às 15h30, quase atingindo o seu filho, de dez anos, e uma menina de oito, que brincavam nas traseiras daquela unidade de restauração.

"Se não tivessem fugido tão depressa podia ter acontecido aqui uma tragédia", afirmou João Reis, indignado com a forma "desleixada" como, em seu entender, decorrem as obras de recuperação da fortaleza.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Valença, José Luís Serra, disse que vai ser aberto um inquérito para apurar o que se passou, mas ressalvou que, neste momento, não se pode dizer que o desmoronamento tenha a ver com as obras.

"Não há valas abertas naquele local"

"Não há valas abertas naquele local", garantiu o autarca, adiantando que aquele ponto de muralha "não tem alicerces" e já tinha sido alvo de uma intervenção, em 2000, pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.

A Câmara Municipal de Valença já comunicou a ocorrência de hoje ao Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), o organismo a quem cabe coordenar a intervenção de recomposição da muralha, uma vez que a fortaleza de Valença está classificada como monumento nacional.

Em Dezembro ruiu um outro troço daquela muralha, com 25 metros, tendo nesse caso a empresa adjudicatária das obras de recuperação da fortaleza assumido toda a responsabilidade.

Esse troço ainda não foi recuperado, mas, segundo José Luís Serra, deverá sê-lo em breve, uma vez que o IPPAR estará em vias de definir a forma de intervenção.

Obras previstas até meados de 2009

As obras de recuperação da fortaleza deverão prolongar-se até meados de 2009, num investimento total de dez milhões de euros.

As obras surgiram após um alerta da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, em Julho de 2003, dando conta de que a fortaleza corria o risco de derrocada devido à "deficiente" drenagem de águas pluviais e à "decrepitude" das redes de infra-estruturas subterrâneas.

As obras começaram na zona da Coroada, onde o risco de derrocada era maior, incidindo, nesta segunda fase, na área onde estão instalados os Paços do Concelho, para se estenderem depois, na terceira e última fase, à pousada.

Intervenções subterrânea e de superfície

Além das infra-estruturas subterrâneas, toda a área de superfície será igualmente reabilitada, estando prevista a construção de dois parques de estacionamento, com capacidade para 250 lugares.

O projecto é do arquitecto Souto Moura, que comparou esta intervenção a uma prótese dentária, já que, como disse, "no final das obras, Valença não será a mesma, mas manterá a mesma cara".

A autarquia pretende construir ainda um parque de estacionamento subterrâneo com capacidade para mais de meio milhar de viaturas à entrada da fortaleza, para aliviar o trânsito naquele monumento nacional.

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1287325

Aberto inquérito à derrocada na muralha


Daniela e João Paulo escaparam a tempo das
pedras que caíram

A câmara de Valença já mandou abrir um inquérito para apurar responsabilidades relativamente à derrocada de 15 metros de uma parte da muralha interior de Valença que, anteontem, provocou alguma agitação na fortaleza. Ontem, o director dos Edifícios e Monumentos Nacionais do Norte, Augusto Costa, deslocou-se ao local da derrocada para averiguar os danos provocados naquela parte da muralha.

O autarca José Luís Serra garantiu que "tudo será feito para apurar responsabilidades". Serra informou, ainda, que "foi definido um perímetro de segurança no interior da fortaleza que corresponde à travessa de acesso ao Baluarte da Esperança". Também no exterior foi limitado o acesso a parte do parque de estacionamento das Portas do Sol".

Recorde-se que esta é a segunda derrocada nas muralhas. Há cerca de três meses a força das águas da chuva arrastou 25 metros das muralhas, noutra parte da fortaleza.

"Os técnicos definiram duas situações, a primeira que é prioritária prende-se com a estabilização do muro e a segunda avança para a reconstrução do mesmo, estando neste momento a proceder-se à numeração das pedras caídas" informou, na altura, o presidente da Câmara de Valença. "Não pudemos descurar o facto da relativa fragilidade em que se encontra a parte mais antiga da fortaleza, até porque as obras da segunda fase de requalificação pretendem precisamente colmatar essas lacunas para não haver sempre esta preocupação perante um Inverno de grandes chuvas".

http://jn.sapo.pt/2007/03/06/minho/aberto_inquerito_a_derrocada_muralha.html

IPPAR reponsabiliza autarquia



O IPPAR considera que a Câmara Municipal de Valença poderá ser responsável pela queda de 15 metros do interior da muralha da Fortaleza de Valença.

A Câmara está a realizar obras no interior das muralhas, o que leva Paula Silva - delegada regional do IPPAR/Porto - a apontar o dedo à autarquia. “As obras – de remodelação – podem provocado o aluimento de mais um troço da parte interior da muralha”.

Paula Silva vai esta manhã a caminho de Valença, em Viana do Castelo, para verificar no local os estragos neste monumento nacional.

Em Novembro passado já tinham ruído 25 metros da muralha da Fortaleza de Valença.

As obras de recuperação deste monumento deverão prolongar-se até meados de 2009, um investimento de cerca de 10 milhões de euros.

http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?AreaId=11&SubAreaId=23&SubSubAreaId=53&ContentId=199259

Alguém terá que se responsabilizar....