Combate ao tráfico de droga prende seis

Combate ao tráfico de droga prende seis

Galiza: entre os detidos está Ramiro Roma, o número do tráfico de cocaína

O Tribunal de Cambados, na Galiza, aplicou prisão preventiva a seis dos sete indivíduos detidos segunda-feira na zona de Pontevedra por tráfico de cocaína, informa hoje a imprensa galega.

Segundo o jornal «La Voz de Galicia», o tribunal apenas permitiu que um dos detidos fique a aguardar julgamento em liberdade, ficando com termo de identidade e residência e obrigação de comparecer semanalmente no tribunal.

Entre os detidos está Ramiro Vázques Roma, 42 anos, que é considerado o número um do tráfico de cocaína naquela região autónoma espanhola e que alegadamente tem vários negócios em Portugal.

Esta operação de combate ao tráfico, desenvolvida pelo Serviço de Vigilância Aduaneira, resultou também na apreensão de mais de três toneladas de cocaína, mas as autoridades acreditam que os traficantes terão deitado à água vários fardos, que pesarão mais uma tonelada.

Foram também apreendidas duas lanchas semi-rígidas, alegadamente construídas num estaleiro em Vila Nova de Cerveira, «vinculado» a Ramiro Roma.

Aí, o traficante construiria lanchas mais rápidas e ligeiras que as tradicionais para escapar à polícia.

Só que as autoridades aduaneiras espanholas já estão equipadas com lanchas de última geração e, após uma perseguição, conseguiram deter os traficantes.

As autoridades aduaneiras já estiveram em Portugal, nos concelhos de fronteira, nomeadamente Valença e Vila Nova de Cerveira, para investigar o património que Ramiro Roma tem no Alto Minho e uma eventual sociedade que o traficante terá com um empresário português ligado à construção de embarcações.

O «clã Roma» é suspeito de ter efectuado o transporte de importantes carregamentos de cocaína nos últimos anos, mas até aqui nenhum dos seus membros havia sido detido.

As autoridades estão agora a investigar se as duas lanchas apreendidas teriam a sua base em Portugal.

Cada quilo de cocaína vende-se a 30 mil euros, o que significa que, com esta operação, poderá ter sido retirada do mercado droga avaliada em 120 milhões de euros.

http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=873830&div_id=291