Vestígios históricos...

Do tempo da romanização conserva o marco epigráfico que assinalava a via romana que ligava Braga a Tui, do reinado de D. Sancho I guarda a ordem de povoamento e de D. Afonso II a confirmação do foral. Chamava-se então Contrasta, por oposta que é à povoação fronteira de Tui. Hoje é conhecida por Valença e na sua História ficaram igualmente as memórias das guerras da Restauração, das invasões napoleónicas e das lutas liberais oitocentistas.
Entrar hoje na velha fortaleza de Valença é mergulhar num mundo medieval de ruazinhas estreitas e casas seculares, animadas por coloridos bazares naquele que é um dos maiores centros comerciais do Minho.

Antiga e atraente vila fronteiriça, a sede do concelho, Valença do Minho, ergue-se no cimo de um monte sobre o rio Minho e é dominada pela fortaleza de duas torres e muralha dupla, dos séculos XVII e XVIII, construída segundo os princípios do engenheiro e arquitecto francês Vauban.

Mesmo em frente, do outro lado do rio, vê-se Tui, da vizinha província espanhola da Galiza.

Rodeada pelas muralhas e baluartes, a parte antiga de Valença possui encantadoras ruazinhas empedradas cheias de lojas com artesanato de linho, cerâmica e trabalhos em vime, muito populares entre os vizinhos espanhóis.

Valença exibe outras belas construções, como a Casa do Eirado, do século XV, com uma janela gótica e guarnecida de ameias, ou a Casa do Poço (século XVIII), com as suas varandas em ferro forjado.

A cerca de cinco quilómetros de Valença, o Convento de Ganfei foi reconstruído no século XI em estilo românico e exibe ornamentos com motivos de plantas e animais.

Perto de Gandra, o castelo de Fraião proporciona uma vasta panorâmica sobre o percurso do rio Minho até se reunir ao mar em Caminha.

Em Valença do Minho, a pousada de São Teotónio fica no interior da velha fortaleza e também oferece uma excelente vista sobre o rio e sobre Tui, na margem oposta.

A Natureza presenteou o concelho como reservas de fauna e flora como os Pântanos de Veiga de Mira, com extensas matas de amieiros e ponto de passagem de patos bravos, cursos de água em que ainda abundam o sável, o salmão, a lampreia, a truta e a enguia, ou locais de descontracção e lazer como o Parque Natural de Cristelo, excelente para a prática de desportos náuticos no rio que atravessa o cenário verdejante.

Em termos de gastronomia, Valença orgulha-se de pratos tradicionais como o cabrito assado, a lampreia à minhota ou um óptimo bacalhau.

Saberiam a razão da mudança do nome do conselho de Constrasta para Valença? Por que Valença??

Leonor Medeiros

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