Gripe A: 330 doentes em Valença

Também há professores afectados
Gripe A: 330 doentes em Valença

Das 1600 crianças em idade escolar de Valença, 330 estão infectadas com a gripe A, sendo que apenas uma escola não registou nenhum caso de contágio. Apesar da rapidez da propagação do vírus H1N1, a Autoridade de Saúde do Alto Minho não encerrou nenhuma escola. Porém, cada estabelecimento de ensino mede a temperatura de cada aluno antes do início das aulas.

Esta manhã foram vários os encarregados de educação que se dirigiram às escolas para tentar perceber se era seguro que os seus educandos frequentassem as aulas. Cerca de 16 crianças foram enviadas para casa por terem febre.

Na escola mais afectada, em Valença, o delegado de Saúde, Amílcar Lousa, está a avaliar os novos casos da doença, uma vez que a pandemia da gripe A está generalizada. A Direcção-geral de Saúde entende, no entanto, que não existem razões para encerrar as escolas de Valença e a situação pode repetir-se em vários pontos do País.

'Todas as crianças que aqui vieram estão a ser acompanhadas para ver se a situação melhora. Só serão medicadas aquelas que o possam exigir', disse Amílcar Lousa à RTP. O responsável assegurou que há também professores já atingidos pela gripe, mas ainda não se apuraram números.

Alguns pais disseram aos jornalistas que não sabem o que fazer uma vez que não têm indicações para levarem os filhos para casa e temem também que fiquem na escola.

Nesta tarde, pelas 15h00, haverá uma reunião com grupo distrital de acompanhamento da gripe.

'PRIMEIRA ONDA EPIDÉMICA'

O director da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) afirmou que o surto de gripe que assolou todas as escolas de Valença, à excepção de uma, é a 'primeira onda epidémica' a nível local em Portugal.

'Até agora, os casos [de gripe A] tinham sido difusamente distribuídos pelo país, com excepção para alguns focos ocorridos em escolas', adiantou à agência Lusa Constantino Sakellarides.

Correio da Manhã